Aries: O Fogo e o Gelo da Alma
Ariana é o paradoxo em carne e espírito, um ser que arde com a intensidade de mil sóis e, no mesmo instante, congela-se na quietude de invernos interiores. Ela é a chama que aquece os que se aproximam com verdade, mas também a geada que recai sobre os que trazem falsidade. Não há meio-termo em seu coração: ou se ama com fúria divina, ou se esquece com a frieza de uma noite sem lua.
Sua fúria não é vazia; é sagrada. Quando Aries desperta sua ira, é porque algo profundo foi violado, um limite, uma promessa, uma lealdade. Ela não queima por impulso, mas por justiça. E ainda assim, por trás dessa tempestade, há uma lógica glacial: ela sabe exatamente quando cortar o que não merece permanecer. Sua raiva é passageira, mas sua decisão de se afastar é eterna.
E o que dizer de seu amor? É tão vasto quanto o céu e tão implacável como o mar. Quando ama, é com uma devoção que não conhece medo, uma entrega que não calcula perdas. Mas quando percebe que o amor não é reciprocado na mesma medida, algo dentro dela silencia. Não é ódio, não é rancor, é o esquecimento. Um apagar deliberado, como neve cobrindo pegadas. Ela não guarda mágoa; simplesmente deixa ir, porque sua alma sabe que carregar pesos inúteis é trair a si mesma.
Ariana é leal até o osso, mas sua lealdade não é cega. Ela não segue, não obedece, ela escolhe. E quando escolhe alguém, é com a força de um juramento antigo. Porém, traga deslealdade, e você verá o fogo se transformar em gelo. Ela não explica, não discute. Apenas vira as costas, porque algumas portas, uma vez fechadas, nunca mais se abrem.
E assim ela caminha, entre o vulcão e o abismo, entre a paixão e o desapego. Porque Aries não teme a intensidade de seus sentimentos; ela os domina. Sabe que o verdadeiro poder não está apenas em queimar, mas também em saber quando congelar. E acima de tudo, compreende que amor e esquecimento não são opostos, mas faces da mesma moeda: a coragem de sentir tudo... e a sabedoria de deixar ir o que não merece ficar.
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