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"Existir é fácil, difícil é viver"

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Existir é um sopro no vento,   um nome riscado na areia antes que a maré chegue.   É o corpo que ocupa espaço,   o coração que bate por obrigação,   não por paixão.   Mas viver... ah, viver é ter as veias abertas,   é sangrar de tanto sentir.   É acordar com o sol e perguntar:   "Que dor linda me espera hoje?"   Porque a vida não é só respirar   é queimar-se no fogo dos encontros,   é carregar cicatrizes que doem,   mas que lembram que você ainda sangra.   Viver é escolher a tempestade,   mesmo sabendo que vai se molhar.   É amar, mesmo quando o amor   tem gosto de despedida.   É rir com os olhos cheios de lágrimas,   é dançar no meio do abismo,   sabendo que um passo em falso   pode ser o último.   Existir é fácil—   basta não morrer.   Mas viver... viver é te...

A janela de madeira "branca"...

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A chuva cai devagar, como quem sabe que traz consigo mais do que água, traz memórias. E eu, aqui, entre o agora e o antes, deixo-me levar pelo cheiro da terra molhada, aquele perfume antigo que não se compra, só se herda.   Lembro-me da janela. Branca, mas não mais branca, gastada pelo tempo, como tudo que é verdadeiro. Sua madeira áspera sob meus dedos curiosos, enquanto eu esperava a chuva passar ou, quem sabe, esperava que não passasse nunca. Era ali, naquele quadro de madeira e vidro, que o mundo lá fora se tornava poesia: as gotas escorrendo, o ar úmido, o ritmo calmo do temporal. E eu, pequena e quieta, molhando as mãos, como se tocasse o tempo.   Minha avó já se foi. Mas a janela continua aqui, em algum lugar que não é lugar, guardada no cheiro da chuva. E eu, agora maior, percebo que saudade não é tristeza, é apenas amor que não encontra onde pousar. É o coração dizendo: "Isso foi bom. Isso ficou." A chuva ainda cai. E eu, como outrora, fecho os olhos e molho...

Aries: O Fogo e o Gelo da Alma

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Ariana é o paradoxo em carne e espírito, um ser que arde com a intensidade de mil sóis e, no mesmo instante, congela-se na quietude de invernos interiores. Ela é a chama que aquece os que se aproximam com verdade, mas também a geada que recai sobre os que trazem falsidade. Não há meio-termo em seu coração: ou se ama com fúria divina, ou se esquece com a frieza de uma noite sem lua.   Sua fúria não é vazia; é sagrada. Quando Aries desperta sua ira, é porque algo profundo foi violado, um limite, uma promessa, uma lealdade. Ela não queima por impulso, mas por justiça. E ainda assim, por trás dessa tempestade, há uma lógica glacial: ela sabe exatamente quando cortar o que não merece permanecer. Sua raiva é passageira, mas sua decisão de se afastar é eterna.   E o que dizer de seu amor? É tão vasto quanto o céu e tão implacável como o mar. Quando ama, é com uma devoção que não conhece medo, uma entrega que não calcula perdas. Mas quando percebe que o amor não é reciprocad...

Sou Army, Sou Stay, Sou Engene: Trilhos do Mesmo Coração"

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Há um lugar onde o amor não compete, onde os nomes se entrelaçam como raízes de uma mesma árvore. Army, Stay, Engene, três vértices de um só universo, três cores pintando o mesmo céu. Não somos apenas fãs; somos guardiões de sonhos, tecelões de histórias, faróis em noites que pareciam não ter fim.   Sou Army.   Porque aprendi que amar também é resistir. Porque o mundo riu, duvidou, apontou, mas nós transformamos cada pedra em degrau. Cada "não" em melodia. Cada lágrima em combustível. BTS não nos deu apenas música; deu-nos um espelho para enxergar nossa própria luz. Sou Stay. Porque acreditei no renascimento. Porque Stray Kids não são apenas oito, são infinitos. Cada *"step out!"* foi um convite para dançar na minha própria escuridão até ela virar aurora. Bang Chan chorou no vlive, e eu chorei com ele — porque amor é isso: segurar o mesmo peso, mesmo quando os braços tremem. E quando Han canta *"you’ll never walk alone"*, eu finjo que não arde no peito, ma...

O Amor Dividido: Entre Ser ARMY e STAY

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Existe uma dualidade dentro de mim que não se dissolve, mas que também não me fragmenta. É antes uma expansão, um alargar de fronteiras emocionais que eu nem sabia possíveis. De um lado, o BTS, com sua poesia que atravessa gerações, suas letras que são espelhos e janelas ao mesmo tempo. Do outro, o Stray Kids, com sua energia incandescente, sua ousadia criativa e sua voz que grita as dores e as revoluções da juventude. E eu? Eu fico no meio, aprendendo que amar não é escolher, mas sim multiplicar-se.   Ser ARMY é mergulhar em um universo de vulnerabilidade e cura. É ouvir *Spring Day* e sentir o luto como algo coletivo, é dançar com *Dynamite* enquanto o mundo lá fora parece desmoronar. É olhar para o Namjoon, o Suga, o J-Hope, o Jimin, o Jin, o V, o Jungkook e ver mais do que ídolos — ver narradores de uma jornada humana. BTS não é apenas música; é um convite para se enxergar com honestidade, mesmo quando dói.   E ser STAY? É entregar-se à tempestade. É ouvir *God’s...

Luz, Perdão e Sombras: A Dança da Vida

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Há uma beleza inegável na forma como a luz e as sombras dançam em nossas vidas. Elas não existem para se anularem, mas para se complementarem, ensinando-nos que a plenitude está justamente nesse equilíbrio.   A luz nos guia, revela caminhos, aquece a alma e nos lembra que, mesmo nos dias mais difíceis, há claridade esperando para ser encontrada. Ela é o abraço divino que nos diz: "Você não está sozinho." Mas e as sombras? Ah, elas não são inimigas. São mestras. Nos mostram onde ainda precisamos crescer, onde guardamos dores não curadas, mágoas não liberadas. E é justamente aí que entra o perdão, não como um ato de fraqueza, mas como um movimento corajoso de quem decide se libertar.   Perdoar não significa esquecer ou compactuar. Significa entender que carregar o peso do ressentimento é como caminhar sob uma tempestade com os olhos fechados: você até segue em frente, mas sem enxergar a beleza do céu que ainda está lá, acima das nuvens.   Hoje, convido você a...

O Retorno

O vazio entre as palavras não era ausência,   era o tempo amassando o pão das ideias,   fermentando no escuro do esquecimento.   Eu julgava ter perdido a voz,   mas ela apenas mergulhara   no rio subterrâneo da paciência,   onde tudo que é essencial aprende a respirar   sem pressa.   Agora, quando as teclas resistem,   quando a tela brilha como um lago noturno,   entendo: escrever não é preencher espaços,   é escavar os próprios ossos   até encontrar a luz que insiste   em nascer mesmo das fraturas.   O blog não é um altar,   é a cova onde enterro   e ressuscito meus fantasmas   todas as vezes que decido   assumir o risco de existir   em letras.   ♡ Lory